A menina do olfacto delicado

sensibilidades e limitações de um nariz e outras verdades igualmente falsas

quarta-feira, julho 04, 2007

nunca te gramei!

"meu amor-que amor?Não és tu. Não és
.Na realidade não sei. Na realidade há o que existe, o que se diz um facto, o que se avalia ao quilo ou ao quilómetro. e há o que nos existe,aquilo que está por dentro ou nós por dentro disso- vou amar o teu corpo como nunca te amei.
Um corpo é tão misterioso e o nosso mistério com ele.
Tenho muita coisa a dizer-te, isso que espere.
Porque eu amei o teu corpo de tanta maneira, não sei contigo também me aconteceu assim. Ama-se um corpo como instrumento de amar, como forma de onanismo de que o trabalho é dele. ou como êxtase de um terror paralítico.
ou como orientação ao impossível que não está lá.
com raiva desespero de quem já não pode mais e não sabe o quê.devo tê-lo tido na variada forma de to conhecer, que é a forma humana de to esquecer.
vou por na rua da lembrança tudo o que não for a tua nudez, a amargura vexame sofrimento.
"Em nome da terra"
Vergílio Ferreira


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