A menina do olfacto delicado

sensibilidades e limitações de um nariz e outras verdades igualmente falsas

terça-feira, julho 18, 2006

às vezes canso-me de cheirar este país (de filhos) de mães! Ou não me chateiem mais com a conversa do meu relógio biológico !!!

Recuso-me a falar sobre:
- músicas pop/pimba que falam da "mãezinha";
- as "mães de Bragança."
Sim...sim I:
"Os Portugueses comportam-se como um povo que teve mãe, mas é orfão de pai, o que historicamente até se poderia explicar por uma maneira positivista pela imigração massiva dos chefes de família durante a maior parte do tempo da nossa história. Esta explicação poderia ter desenvolvimentos psicanalíticos"
António José saraiva
Sim..sim II
ou o meu nariz na universidade aprendeu que:
Se as mulheres não dessem filhos ao mundo nenhuma sociedade existia.
A existência da familia constitui um dos universais da cultura mas a sua estruturação e organização variam de sociedade para sociedade.
O sistema de parentesco encontra a sua delineação nos laços que permitem a procriação e a educação dos filhos. O parentesco é mais um fenómeno cultural e social do que biológico. O modelo patrilinear (acompanhado de uma forma de residência patrilocal) tradicionalmente característica nacional tende a desaparecer. A ausência constante do pai nacional fez perpetuar uma educação feminina direccionada, sobretudo, para a esfera familiar, entre a casa dos pais e a do marido, espaço doméstico, mãe e procriadora ( lindo...lindo!)
Pois...pois I:
Os progressos científicos tornam inadequada à realidade actual uma moral familiar tradicional, a ordem familiar é cada vez mais diversa e varia de acordo com valores de autonomia individual. (valha-me isso!)
A imensidão de literatura que tenho para aqui sobre as sras. nossas mãezinhas...Recordo-me que a Mãe real, a Mãe imaginada, a Mãe instituição, está lá, existe sempre, sob várias formas...vou (re)ver...cheirar de novo...depois volto...ou não.